domingo, 26 de setembro de 2010

Das considerações sobre o pecado

Entendemos o pecado como tudo aquilo que nos afasta de Deus, é aquilo que afasta o homem da comunhão com o Senhor.
De acordo com a Bíblia, é transgressão, desobediência (Hb 2,2); é maldade, inveja (Rm 1,29); é rebeldia (Jr 14,7); é injustiça (Jr 22,13); é impiedade (Pv 12,3; 13,6).
Para os céticos, incrédulos, o pecado é simplesmente uma criação religiosa para dominar a vida das pessoas, subjugando-as aos mandonismos eclesiásticos. Será mesmo?
Na verdade, o pecado existe sim. Está estampado das relações sociais do homem, no seu cotidiano, principalmente quando o homem vive segundo a carne. Todas as pessoas estão sujeitas a pecar, pois todos nós somos pecadores.
Pecar traz sérias consequências para a vida do homem, tais como ausência de comunhão com Deus (Is 59, 1-2); corrupção interna da natureza humana (Mc 7.21-23); sentimento de culpa (Gn 3.9-10); conflito com o próximo (Gn 4.8-16); sofrimento e morte (Rm 6.23).
Nós, como crentes, devemos ter cuidado para não elevarmos a nossa moral e nos colocarmos em patamares de santidade superiores ao dos outros. Não existe pecado, pecadinho e pecadão. Uma vez transgredida a lei, já somos pecadores, o que nos torna, portanto, incapazes de nos sobrepor aos outros. Além disso, vale lembrar que não há homem justo sobre a terra que faça o bem e que não peque (Ec 7.20).
Até mesmo os grandes homens abençoados por Deus pecaram, como, por exemplo, Davi. Não devemos, contudo, nos inspirarmos nessas condutas e aproveitá-las para justificar nossas faltas. Convém, na verdade, que entendamos que pecado é pecado e deve ser abandonado.
O nosso modelo maior de inspiração é unico: Jesus. Ele foi o único que não pecou. Pelo contrário, além de não ter pecado, morreu para que fôssemos libertos do mesmo.
Se pecarmos e nos arrependermos, Deus é fiel e justo para nos perdoar, mas ainda assim arcamos com as consequências. Seria muito fácil vivermos em pecado e depois simplesmente dizer que estamos arrependidos.
Não é bem assim que a coisa funciona. Não somos eximidos de responder pelos nossos atos. Deus nos perdoa, mas temos que suportar as consequências. Por exemplo, por mais que Davi tenha se arrependido de ter cometido o adultério e o homicídio, ele teve que se responsabilizar pelos males que ele causou.
Quando se fala em pecado é sempre bom ressaltar que não cabe a nós, meros seres humanos, julgar o próximo quanto a suas faltas. Cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus (Rm 14,12). Outro fator importante é que não posso querer responsabilizar meus pais pelas coisas erradas que faço, nem qualquer próximo. Cada pessoa é livre para tomar as suas próprias decisões e para responsabilizar-se por elas.
Pecar compromete nosso relacionamento com Deus. Jesus, porém, nos dá a liberdade para que possamos manter a santidade espiritual.

Então, jovem,  fique esperto!

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